Os eventos sociais te apavoram? O pânico começa antes de você de sair de casa? Você já imagina tudo que pode dar errado no evento e todas as pessoas que vão te observar e te julgar? Quanto mais próximo do evento, você sente suor nas mãos ou o coração acelerado? Mesmo que saiba que seria importante estar no evento, começa a pensar em desculpas para cancelar?
Tudo isso que foi descrito é exatamente o que acontece com quem sofre de ansiedade social. Aquilo que normalmente é encarado como prazer para uma grande maioria das pessoas, gera muito desconforto para quem sofre com esse transtorno.
Sem tratamento, os transtornos de ansiedade tendem a piorar, restringindo muito a vida e forçando a pessoa se isolar do mundo. Quanto mais a pessoa se isola, piores se tornam seus sintomas. Enquanto ela permanece distante da ansiedade social, sente um alívio, como que escondida da sua toca, porém o isolamento pode tornar mais difícil encarar conversas e principalmente eventos sociais. Além de agravar a resposta de ansiedade, pode precipitar quadros depressivos. Ficar sozinho por medo pode aumentar a sensação de solidão e reduzir muito as chances de viver situações prazerosas na vida. Algumas pessoas com ansiedade social podem sentir ansiedade ao atender o telefone, pedir comida em um restaurante ou pedir informação em qualquer loja. Infelizmente, algumas pessoas até recorrem às drogas ou ao álcool na tentativa de controlar sua ansiedade.
Embora a terapia individual possa oferecer alívio, a terapia de grupo é particularmente eficaz para indivíduos que sofrem de ansiedade social e pode ser uma das primeiras opções de tratamento.
O que torna os grupos eficazes?
Pessoas com ansiedade social sentem-se muito mais à vontade nas trocas particulares, o tipo que a terapia individual proporciona. Neste ambiente elas sentem menos ansiedade, pois se vinculam ao terapeuta e este passa a ser uma figura mais próxima. Normalmente, os pacientes com ansiedade social relatam detalhes de experiências de elevada ansiedade que aconteceram fora do consultório de terapia, mas o terapeuta pode ter dificuldade para entender como esses eventos ocorreram.
Os pacientes relatam frequentemente nas sessões que no evento social todos estavam olhando para eles, ou que alguém deve ter pensado algo negativo deles ou que eles provocaram sentimentos negativos nas outras pessoas.
Na terapia de grupo, os terapeutas testemunham a ansiedade social em ação e podem identificar suas causas e gatilhos. Por exemplo, a ansiedade pode ser o resultado de pensamentos intrusivos negativos, ideias sobre o contexto que normalmente são extremas ou catastróficas, descrença no próprio repertório, fazendo a pessoa acreditar que ela não saberá o que dizer, ou que não será interessante para os outros. Nas atividades de grupo os terapeutas podem intervir no momento em que a ansiedade aparece e ajudar a pessoa socialmente ansiosa a adquirir habilidades para entender, aceitar e manejar seus sentimentos e cognições e fazer escolhas mais saudáveis.
A terapia de grupo acaba com o isolamento social, proporcionando novos relacionamentos de apoio. Além disso, em grupo a pessoa descobre que não está sozinho, outras pessoas compartilham seus medos e preocupações. Como resultado, ela desenvolve compaixão e empatia mais profundas pelas suas próprias lutas e pelas de outras pessoas. A experiência do grupo torna as pessoas mais próximas e promove uma experiência de pertencimento.
O grupo oferece um local para praticar habilidades sociais essenciais, como autoexpressão, definição de limites, gerenciamento de conflitos e comunicação emocional assertiva. Outro ganho fundamental dessa experiencia: quando a ansiedade aumenta, o líder do grupo está lá para ajudar a administrar a ansiedade e construir uma maior tolerância. (Tradução com inclusões minhas do site psychologytoday.com, texto de Sean Glover L.C.S.W.).
Diante desses benefícios todos que os grupos apresentam, fica a questão: é possível realizar todas essas atividades online?
A resposta é sim. Apesar das pesquisas apontarem esses ganhos quando os grupos são feitos presencialmente, durante a pandemia do covid-19, realizamos as atividades através dos aplicativos como google meet e skype e percebemos que as atividades podem ser realizadas mesmo com algumas limitações. O mais importante é realizar uma exposição adequada com o mediador e que a aprendizagem ocorra em cada encontro que é realizado nas salas de bate-papo. Muitos pacientes relataram ser mais fácil iniciar através da internet, pois presencialmente, acabariam não indo para fugir da ansiedade.
Entre em contato para mais informações.
É possível viver a vida sem ansiedade.
Comentários
Postar um comentário