A Orientação Vocacional e profissional (OVP) pode ser entendida como um processo pelo qual o indivíduo é auxiliado e orientado para que possa descobrir e realizar sua vocação pessoal.
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Profissão diz respeito a trabalho,
atividade especializada, emprego, ocupação, modo de ganhar a vida. Vocação
indica tendência espontânea, inclinação natural.
Pela orientação profissional procura-se fazer com que o orientado perceba quais as suas aptidões e deficiências, e que conheça os dados necessários sobre as profissões abertas à sua cogitação. Assim ele escolherá uma profissão, ou grupos de profissões correlatas, e planejará como ingressar e progredir nelas.
A Orientação Vocacional busca ajudar uma pessoa a conhecer-se a si mesma, pela indicação de suas possibilidades, limitações, aptidões, tendências e aspirações; reconhecer sua vocação pessoal; decidir como realizar sua inclinação vocacional, o que inclui a profissão a escolher e a educação que se faz conveniente para o ingresso na profissão.
A orientação Vocacional e Profissional nasceu como atividade sistematizada e especializada nos Estados Unidos, quando o professor Frank Parsons, em 1908, fundou um Vocation Bureau, ( Gabinete Vocacional) e no ano seguinte publicou seu livro pioneiro intitulado Choosing a Vocation ( A Escolha de uma Vocação). Em 1913, foi fundada naquele país a Associação Nacional de Orientação Vocacional.
O caminho desta prática foi influenciado por questões culturais tais como o renascimento e a reforma, pois antes destes acontecimentos o homem tinha pouca liberdade de escolha. Depois da Segunda Guerra Mundial, muitos homens e mulheres precisaram de ajuda para retornar ao emprego civil, e os problemas individuais de escolha ocupacional foram vistos como um fator da readaptação do país à economia em tempo de paz.
A implantação da democracia na sociedade industrial contribuiu para uma relativa liberdade na escolha das ocupações, dando maior liberdade de escolha para a juventude contemporânea, surgindo então a orientação vocacional.
Diante dessas influências economistas, sociólogos e psicólogos se interessaram pela sistematização da coleta e pela análise da informação concernente à educação e às ocupações. Alguns métodos de análise do trabalho foram criados por psicólogos como Morris Viteles, para mostrar as presumidas exigências de aptidão de vários empregos.
Mais tarde, quando os testes foram sendo aplicados ao estudo das ocupações, no trabalho pioneiro da Universidade de Minnesota, durante a depressão de 1930, a análise do trabalho se tornou mais objetiva.
Um dos pontos que objetivaram este estudo foi a elaboração de testes, que como informação educacional e ocupacional, tornam-se um recurso a ser explorado na procura conjunta de informações relevantes para uma determinada questão. A seleção dos testes a serem aplicados passou a ser vista como uma decisão que requer a cooperação ativa e a participação consciente do cliente, que utiliza o orientador como consultor.
A orientação vocacional, hoje em dia, é resultado de certo número de movimentos que tiveram, no começo, o propósito formal de auxiliar os jovens na seleção de ocupações adequadas. Coletou-se e organizou-se a informação para tornar o processo mais eficiente, e passaram a ser sistematicamente explorados todos os avanços que se faziam nos testes psicológicos. Mais recentemente, a educação e a orientação vocacional incorporaram conhecimentos referentes à saúde mental. Originou-se daí uma abordagem ao desenvolvimento humano que implica a adaptação ao trabalho como um aspecto fundamental da imagem global da vida de uma pessoa.
A O.V.P é, portanto, um ramo da psicologia aplicada e constitui um conjunto de conhecimentos sobre Psicologia, Sociologia, profissões e estrutura educacional e profissional do país e da comunidade, bem como de métodos e técnicas psicológicas adequadas ao estudo e solução dos problemas referentes à vocação e à escolha das profissões.
Através de testes, questionários,
provas, exames e entrevistas, o psicólogo ou especialista em orientação
vocacional e profissional faz o levantamento de vários atributos e dados
pessoais do orientado, tais como inteligência, aptidões, habilidades,
interesses, aspirações, personalidade, temperamento, relacionamento familiar,
histórico biográfico e educacional, planos educacionais e profissionais.
Procura também proporcionar-lhe ou promover a obtenção de informações referentes
ao mundo do trabalho ( profissões, carreiras, áreas de profissões correlatas ou
famílias profissionais) e relativas às necessidades e oportunidades de educação
e instrução relacionadas com a vocação e profissões consideradas. E,
finalmente, realiza uma orientação no
sentido de compreender e integrar aqueles dados e estas informações, de modo
que consiga traduzi-los em escolha, ou conveniente decisão vocacional e
profissional.
O processo de orientação vocacional e profissional começa normalmente no início da adolescência, com a focalização do problema em termos amplos de áreas vocacionais profissionais, em que se procura a orientação para grupos ou famílias de profissões correlatas e para uma vocação ainda não muito definida nem definitiva quanto a profissões específicas.
As profissões são inicialmente cogitadas apenas em seus grupamentos gerais, o suficiente para delinear uma tendência para escolha e uma linha de vocação, permitindo, desse modo, considerar os aspectos correlatos referentes ao problema mais imediato da educação, cursos e estudos a escolher, como fases de um preparação para a futura opção e vida profissional.
O processo de orientação deve prosseguir, através de uma focalização progressiva cada vez mais centralizada e definida em termos de escolha da profissão que seja a melhor solução para o problema da vocação, cogitada em termos mais amplos na fase anterior.
As épocas ideais para orientação vocacional dentro do contexto escolar são as que correspondem, primeiramente, à antiga 8ª série e 2ª série do segundo grau, sendo que deve ser feita a partir de idades em que as aptidões, interesses, preferências e aspirações do indivíduo estejam em estágio de desenvolvimento ou maturação que permita a sua avaliação objetiva e digna de confiança. Em condições gerais ou mais comuns, esse desenvolvimento e maturação, para tais fins, não sucederão antes dos treze anos.
Muitos aspectos importantes para adequada orientação vocacional e boa escolha profissional só estão suficientemente amadurecidos ou definidos no fim na adolescência – fase do desenvolvimento cuja duração cronológica varia de indivíduo para indivíduo, mais ou menos entre 18 e 20 anos – razão pela qual certas decisões vocacionais só devem ser fixadas nessa ocasião.
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