A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma
das poucas formas de psicoterapia que foi cientificamente testada em centenas
de ensaios clínicos para muitos transtornos diferentes. É utilizada para tratar uma ampla gama de
problemas, incluindo fobias, dependências, depressão e ansiedade.
A TCC é geralmente de curto prazo e focada em
ajudar os clientes a lidar com um problema específico. Durante o curso do tratamento
as pessoas aprendem a identificar e mudar padrões de pensamento destrutivos ou
perturbadoras que têm uma influência negativa sobre o comportamento.
A TCC ajuda as pessoas a
identificar pensamentos disfuncionais e como eles interferem nas ações e
sensações. Em seguida é possível aprender a mudar o pensamento irracional ou distorcido
e gerar um pensamento mais realista. Quando as pessoas pensam de forma mais
realista, elas se sentem melhor e podem realizar um comportamento mais adequado
e eficaz. A ênfase de todo trabalho terapêutico é na resolução de problemas e
iniciar uma mudança comportamental.
As pessoas muitas vezes
experimentam pensamentos ou sentimentos que reforçam crenças irracionais. Tais
crenças podem resultar em comportamentos problemáticos que podem afetar várias
áreas da vida, incluindo a família, relacionamentos amorosos, trabalho e
estudos. Por exemplo, uma pessoa que sofre de baixa autoestima pode
experimentar pensamentos negativos sobre suas próprias habilidades ou
aparência. Como resultado desses padrões de pensamentos negativos, o indivíduo
pode começar a evitar situações sociais ou deixar passar oportunidades
profissionais e nos relacionamentos afetivos.
Os nossos pensamentos e
sentimentos desempenham um papel fundamental em nosso comportamento. Uma pessoa
que passa muito tempo pensando sobre acidentes de avião pode evitar viagens
aéreas. Para combater estes pensamentos e comportamentos destrutivos, um
terapeuta Cognitivo-Comportamental começa por ajudar o cliente a identificar as
crenças problemáticas. Esta fase, conhecida como análise funcional, é
importante para aprender como os pensamentos, sentimentos e situações podem
contribuir para comportamentos desajustados. O processo pode ser difícil,
especialmente para os pacientes que lutam com a introspecção, mas pode levar à insights (percepções diferenciadas sobre si mesmo) que são uma parte essencial do processo de
tratamento.
A segunda parte da TCC concentra-se nas ações que estão contribuindo para o
problema. O cliente começa a aprender e praticar novas habilidades que podem
ser colocadas em uso em situações do mundo real. Por exemplo, uma pessoa que
sofre de dependência de drogas pode começar a praticar novas habilidades de
enfrentamento e ensaiar formas de evitar ou lidar com situações sociais que
poderiam, potencialmente, desencadear uma recaída.
A terapia cognitiva
comportamental tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos, principalmente
pelo amplo número de pesquisas e eficácia dos tratamentos. O tratamento de
situações traumáticas é uma das áreas importantes de tratamento. O cérebro
humano registra situações de extremo desconforto e passa a responder a qualquer
sinal que esteja associado ao evento ruim enviando sensações de medo ou a
sensação exata da situação traumatizante. Na TCC é possível verificar as
associações que reativam a lembrança do trauma e treinar respostas
diferenciadas para essas lembranças.
A Terapia Cognitiva e
Comportamental são conceitualmente distintas, mas complementares na prática
clínica. A primeira possui uma ênfase na alteração das crenças (pensamentos)
como ponto principal do tratamento. A terapia comportamental possui uma
abordagem mais voltada para a alteração do comportamento que envolve toda a
cadeira pensamento, sentimento e ação. Apesar da divergência teórica, a investigação
de pensamentos associada à prática sistemática de mudanças comportamentais tem
se mostrado altamente eficaz na prática clínica.
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