Técnicas de Controle da dor
Técnicas de controle da dor que segundo SAMULSKI (2002) estão divididas em oito tipos: - as técnicas mal – adaptativas que irão indicar uma regulação inadequada no processo de controle da dor; - as técnicas motivacionais que implica em auto – sugestões de caráter motivacional e positivo que aliviam a dor; técnica de regulação da tensão muscular que é feita através de relaxamento e modificação postural, regulando assim o nível de tensão muscular, obtendo com isso o controle da dor; tendo ainda como técnicas psicológicas de controle da dor a procura de informações, atividade corporal, estabelecimento de metas, técnicas de relativização e por fim as técnicas de distração.
Segundo MARTENS (1987), o famoso psicólogo russo Dr. A. R. Luria descreveu o caso de um paciente que conseguia alterar a sua freqüência cardíaca significativamente através da imaginação. Ele imaginava que estava atrasado para pegar o trem e tinha que correr para alcançar o último vagão, o que fazia sua pulsação passar de 70 bpm (batimentos por minuto) para 100 bpm, em seguida ele imagina-se deitado numa cama, dormindo e seu pulso voltava aos 70 bpm.
Outro exemplo de estudo de caso, que o autor traz, foi um documentário realizado pela Public Broadcasting System que mostrou um estudo elaborado por uma equipe de cientistas com um yogui chamado Swami Raja, que era capaz de alterar suas freqüências respiratória e cardíaca, abaixar sua temperatura corporal (pele) e mudar o estado de atividade de seu cérebro. Os dados obtidos são impressionantes, pois o yogui permaneceu 6 vezes mais tempo (30 minutos) numa câmara de oxigênio do que uma pessoa comum conseguiria (5 minutos), diminuindo o número de respirações de 12 por min. para 3 por min., abaixou a temperatura de sua pele de 91º F para 68º F, desacelerou seu coração passando de 68 bpm para 24 bpm, e o EEG (eletroencefalograma) indicou uma mudança de estado de atividade de beta para alfa. Esse controle sobre o sistema nervoso autônomo foi adquirido através de anos de treinamento mental.
Esses mesmos autores citam uma pesquisa realizada por SINN (1993), na qual ele utilizou uma técnica chamada ensaio de comportamento visiomotor (ECVM) que combina relaxamento e mentalização com esquiadores. Ele demonstrou um aumento na atividade neuromuscular de músculos específicos quando realizavam o ECVM e aumento semelhantes no desempenho. O mesmo foi relatado ocorrendo com atletas de outras modalidades esportivas.
De acordo com WEINBERG e GOULD (2001), também há evidências científicas, relatadas por muitas pesquisas, que apoiam a mentalização. Alguns autores como FELTZ e LANDERS (1983), MURPHY (1994), RICHARDSON (1967 a; 1967 b) e WEINBERG (1981), realizaram trabalhos que demonstram claramente o valor do treinamento mental no aprendizado e na performance de habilidades motoras.
Mais recentemente surgiu também uma teoria sobre a melhora de habilidades psicológicas como a prática da mentalização. Para WEINBERG e GOULD (2001), relatam que estudos mostram que habilidades como a concentração e a confiança aumentam com a prática mental, bem como também há uma redução no nível de ansiedade, o que é importante para melhorar o desempenho. De acordo com MARTENS (2001) a imaginação de uma ação motora bem-sucedida atua da mesma maneira que um reforço positivo para algum comportamento, ou seja, este comportamento tende a repetir-se.
WEINBERG e GOULD (2001), destacam nove passos para desenvolver um programa. Começando por uma avaliação da capacidade de mentalização, para este fim há vários testes e questionários entre os quais pode-se citar o “questionário de mentalização no esporte” (adaptado de Martens 1982b). BECKER e SAMULSKI (1998), também indicam um questionário de avaliação da habilidade e controle da visualização. Outro aspecto está relacionado ao ambiente no qual a pessoas deve treinar mentalmente; este deve ser confortável e calmo principalmente para iniciantes, pois com tempo alguns atletas conseguem realizar sua mentalização no local dos jogos, em meio a distrações
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